Introdução
É com muito orgulho e satisfação que chegamos ao final desta série de artigos sobre Previdência Privada. Antes de entrarmos no conteúdo do último artigo, vamos dar uma recapitulada no que vimos até hoje.
Na parte 1, discutimos aspectos psicológicos e a motivação por trás de fazer um plano de Previdência Privada.
Na parte 2, vimos características específicas dos planos de previdência privada que as diferenciam dos tradicionais fundos de investimento.
Na parte 3 (sub partes 1, 2 e 3), estudamos os tipos de previdência privada e cobrimos os dois produtos mais populares (PGBL e VGBL).
Na parte 4, fizemos o famoso “tira-teima”, PGBL ou VGBL?
Na parte 5 (sub partes 1 e 2), analisamos o resultado da previdência privado ao longo prazo e fizemos um novo “tira-teima” entre tributação progressiva e regressiva.
As opções de previdência privada no mercado
– Produtos de seguradoras ligadas aos Bancos. Neste caso, os produtos são comercializados utilizando a própria estrutura dos bancos. Exemplos:
– Produtos de seguradoras independentes
Sul América (P.S: O melhor site na minha opinião)
Simulações, Análise de Resultados e o Simulador Bizz Invest
Tomei a liberdade de efetuar algumas simulações. Para efeitos comparativos, utilizei as seguintes premissas:
– Idade início da contribuição: 25 Anos
– Idade Aposentadoria: 60 Anos
– Taxa de Retorno Real Estimada (ao ano) : 6%
– Aporte Inicial: R$ 10.000,00
– Aporte Mensal: R$ 500,00
– Sexo: Masculino (Como os homens vivem menos que as mulheres, optei por fazer o pior cenário)
Seguem abaixo alguns resultados obtidos:
Sul América
Bradesco
Caixa
Banco do Brasil
Icatu
O gráfico abaixo mostra, de forma resumida, os resultados obtidos:
Como podemos ver, enquanto os resultados da acumulação não variam muito, os resultados do benefício destoam bastante. No intuito de tentar entender essas diferenças, criei um simulador próprio para tentar abrir a “caixa preta” dos simuladores e entender o efeito de características específicas do plano no resultado final.
Faça o download do simulador de previdência privada!
Segue abaixo a lista de parâmetros que você pode mudar no simulador:
Taxas de Carregamento: É impressionante como essa informações está “escondida” nas propagandas de previdência privada
Cobrança do Carregamento: Aqui você pode escolher entrada ou saída. O melhor é pagar a taxa somente na saída (quando receber o benefício) pois assim você apropria-se dos “juros” referentes ao tempo que esta taxa não foi cobrada. Além disso, os valores das taxas variam conforme o valor do patrimônio acumulado. Deste modo, na saída, pode ser que você pague até uma taxa zero de carregamento (se o patrimônio acumulado for “grande” o suficiente).
Taxa de Rentabilidade durante a acumulação: Neste você pode mensurar o que, na minha opinião, é o grande “mordedor” de seu patrimônio: a taxa de administração. Suponha um plano que tenha uma taxa de administração de 3% e gere uma rentabilidade bruta de 9% , ficando um líquido de 6% ao ano. Agora suponha que você conseguiu um plano que gere a mesma rentabilidade bruta (9%) mas, com taxa de administração de 1,5%, gerando um rentabilidade líquida de 7,5%. Coloque os dois valores (6 e 7,5%) no simulador para você ver a diferença. É, simplesmente, um absurdo. Em alguns casos, nem o benefício fiscal do PGBL compensa essa perda.
Taxa de Rentabilidade durante o benefício: Em tal taxa, acho que está a principal diferença entre os simuladores pois, enquanto alguns assumem a mesma taxa durante os dois períodos (acumulação e benefício), outros usam taxas diferentes nos dois períodos (uma regra é utilizar, na época do benefício, metade da taxa da época da acumulação). Eu estava apenas desconfiado que poderia ser isso mas, após ler a este informe obtido no site da previdência social e fazer a simulação do Icatu (no qual ele afirma, nas “entrelinhas”, que utilizou este método), fiquei com 99% de certeza de que as taxas são diferentes nos simuladores. Na verdade, faz sentido as taxas serem diferentes vez que, na fase de acumulação, não há uso do capital investido, podendo assim o administrador do plano montar posições mais longas e rentáveis. Já durante a fase de benefícios, o gestor deverá programar, mensalmente, resgates periódicos do plano, o que, definitivamente, pode mudar a rentabilidade do plano.
Benefício Vitalício ou não: Cada simulador utilizou uma tábua diferente. No simulador criado pelo blog, você pode testar várias tábuas.
Idade início dos investimentos e aposentadoria.
Resultados do simulador Bizz Invest
O resultado do simulador para parâmetros semelhantes aos apresentados para as instituições financeiras foi de:
Valor Acumulado: R$ 747.974,80
Benefício: R$ 4033,30
Na foto abaixo, apresento os parâmetros utilizados na simulação.
É claro que, no simulador caseiro, podemos colocar mais detalhes do que nos simuladores da internet, como as taxas de carregamento e sua cobrança, a tábua de mortalidade a utilizar e a taxa de rentabilidade durante o recebimento do benefício.
Faça o download do simulador de previdência privada
Os custos ocultos
As diferenças de valores sugerem que podem haver custos “ocultos” que incidirão na renda durante a fase de benefício (exemplo: você pode pagar um seguro extra para garantir à sua família o recebimento de uma renda após a sua morte). Além disso, se durante a acumulação houve o pagamento da taxa de carregamento, não sabemos exatamente o que pode ser cobrado na fase de benefício (exemplo: uma taxa de administração maior). É fundamental ler, no detalhe, o regulamento do plano para não ter prejuízos na hora de receber o benefício.
Mas o que fazer na aposentadoria?
É a grande dúvida que gera debate entre os educadores financeiros, quando nos aposentarmos vamos fazer o que? (1) Sacar todo o montante e aplicar por conta própria? (2) Receber o valor durante um período específico? (3) Receber de forma vitalícia? A decisão deve ser analisada sob a ótica de três pontos a seguir:
A questão fiscal: Ao sacar todo o benefício de cara, você tem de acertar as contas com o leão. Se você optou pela tabela regressiva (veja o comparativo aqui), essa conta não virá tão alta, mas, no caso da progressiva, a mordida é salgada. Nesta hipótese, optando por receber por um tempo definido ou de forma vitalícia, você além de “diluir” o valor do imposto, terá acesso aos limites anuais de isenção. Fiz um cálculo simples sem correção de valores com dois cenários: Supondo um patrimônio acumulado de R$ 750.000,00, no cenário 1 faz-se o resgate total dos fundos e, no cenário dois, faz-se o resgate durante 10 anos (R$ 75.000,00 por ano). O resultado é o seguinte:
Saque direto: R$ 192.763,09 de imposto (declaração simplificada)
Saque em 10 anos: R$ 71.388,75 de imposto (declaração simplificada)
Ou seja, sacar direto implica num imposto 170% maior. Vale ressaltar que isso só ocorre no regime progressivo. No regime regressivo, como o valor será tributado de forma exclusiva e definitiva, o mesmo não está sujeito a isenções e ao desconto simplificado. O único benefício de esperar e retirar aos poucos no modelo regressivo é que suas “últimas aplicações” antes da aposentadoria atingirão 10 anos de idade caindo na alíquota mais barata de imposto, entretanto não chega a ser um grande benefício.
A questão dos custos e taxas e a portabilidade: Já é de amplo conhecimento as taxas absurdas de carregamento e administração dos planos de previdência privada (especialmente os vendidos pelos bancos). Sob esta ótica, a retirada imediata de todo o patrimônio (opção 1) e a aplicação em produtos com custos mais baixos (como Tesouro Direto) é certamente a melhor opção. Aqui há uma opção que é pouco falada (eu mesmo não me recordo de ter falado aqui nos textos) que é a portabilidade entre planos, ou seja, se você encontrar um plano com menores taxas de administração e carregamento você pode migrar seu patrimônio para o plano novo sem custo algum. Adicionando que:
– a portabilidade só pode ser efetuada entre planos da mesma modalidade (Exemplo: Não pode migrar de um VGBL para um PGBL e vice-versa);
– que existe um prazo de 60 dias para poder efetuar uma nova portabilidade;
– a portabilidade só pode ser efetuada antes da fase de concessão de benefício, então, antes de começar a receber o benefício, é bom observar isso.
Mais sobre portabilidade nesta página do site da SUSEP.
A questão patrimonial e familiar: Aqui há uma sensível diferença entre a renda vitalícia(3) e os outros dois modelos (1 e 2). Na renda vitalícia, o montante acumulado se junta a um “bolo” de recursos de todos os participantes que optaram por esse modelo. Assim sendo, o dinheiro já não é inteiramente seu, ou seja, você “troca” o dinheiro todo acumulado por um direito de receber “X” reais todo mês (reajustados anualmente por um índice inflacionário dependendo do plano) até o fim da sua vida. Se você vier a falecer, esse patrimônio “morre” também. Algumas instituições tem produtos que permitem que os beneficiários recebam a renda após o falecimento do titular (a um custo significativo). Caso opte por um benefício vitalício é importante consultar com a seguradora a existência e o custo dos produtos recém citados. No entanto, a melhor solução, do ponto de vista patrimonial, é a retirada de todo o montante na hora da aposentadoria ou por um tempo fixo (exemplo: 20 anos) preservando o seu patrimônio e garantindo-o para seus herdeiros em caso de falecimento.
Há um “delicado” detalhe sobre a questão patrimonial que temos que abordar. Antes gostaria de afirmar que os educadores financeiros mais “rigorosos” são contra o investimento em previdência privada (muito por conta das altas taxas de carregamento e administração cobradas pelos bancos), e, consequentemente, são contra o benefício vitalício que vem a um enorme custo para o cidadão. Matematicamente falando, não há dúvida quanto a posição desses especialistas, concordo com eles. Mas a vida não é uma equação matemática perfeita, infelizmente não podemos prever o dia de nossa morte e nem como ela ocorrerá. Meu meu avô, por exemplo, precisou de cuidados especiais durante dois anos antes de falecer. Seria muito bom viver na plenitude de nossas capacidades físicas e mentais até o último dia de nossas vidas mas sabemos que há uma boa probabilidade que isto não aconteça.
Concluindo, não é simplesmente uma questão de “vou me educar financeiramente e aprender a investir para tomar conta do meu dinheiro no futuro”. Aprender a investir seu dinheiro não é “um bicho de 7 cabeças” mas requer cuidados e, principalmente, disciplina. Você não poderá fazer isso sozinho para sempre. Então lembre-se de preparar sua família para lhe ajudar a administrar seu patrimônio. Se, por qualquer motivo, você achar que isto não será possível, deve preparar alguma forma de garantir o seu bem estar e de sua família, mesmo sob pena de utilizar a “má opção” de um benefício vitalício com um seguro de vida atrelado. Como disse no início do texto, esse é um pequeno detalhe “humano” que passa desapercebido pelas pessoas.
Conclusão
Chegamos ao fim da série “Destrinchando a Previdência Privada”. Foi simplesmente fantástico ter escrito estes textos! Um grande aprendizado para mim e espero que tenha gerado algum valor. O objetivo foi tentar mostrar no detalhe o funcionamento da previdência privada de forma estruturada no sentido de ajudar o leitor a entender o produto e tomar a melhor decisão para o seu futuro. A opinião final do blog sobre a previdência privada é que, de fato, não é o melhor produto para o investidor, salvo quando o mesmo puder auferir o benefício fiscal (PGBL). Mesmo assim, deve pesquisar bem para não entrar num produto com taxas muito altas (carregamento e administração), essas taxas dão uma significativa “mordida” nos rendimentos chegando até a atenuar o benefício fiscal obtido.
Apesar de não recomendar, procuro ter uma posição “moderada” em relação a previdência privada, reconheço a importância do produto como fomentador de nossa poupança interna (Já são 354 bilhões de reais aplicados em previdência privada), algo muito importante do ponto de vista macroeconômico. O cidadão que não tem interesse, nem tempo, nem costume de investir regularmente, achará neste produto uma bom local para começar. Seguem abaixo algumas recomendações básicas para planos de previdência privada (ainda que não se aplicam a todas as pessoas, creio que se aplica a maioria).
Vimos no texto anterior que acumular seu patrimônio todo num plano de previdência com alta taxa de administração pode gerar uma perda potencial de milhares de reais. Você pode optar por trilhar o caminho “fácil” e deixar do jeito que está, ou pode optar por investir um percentual ínfimo desse potencial de perda em sua Educação Financeira. Outro dia um leitor, que amargava um prejuízo de R$ 800,00 em OGX, me perguntou o que deveria fazer com os R$ 600,00 que lhe restavam (Na época a ação estava valendo R$ 1,20), falei para ele que uma boa opção era vender as ações e investir em sua educação financeira, mesmo que as ações subissem a R$ 10,00 o aprendizado que ele iria adquirir não tinha preço. Na verdade o investimento maior que você dispenderá é o de tempo e força de vontade. Segue a lista dos 4 livros que lhe ajudarão a obter uma completa educação financeira:
– Como Investir Dinheiro – Rafael Seabra (Leia a exclusiva resenha do blog aqui!), se eu fosse começar por um livro seria esse, ele cobre tudo que você precisa saber para começar a investir!
– Alocação de Ativos – Henrique Carvalho (Leia a exclusiva resenha do blog aqui!), a melhor publicação nacional sobre diversificação de investimentos, aqui você aprenderá a montar uma carteira de investimentos com a melhor relação risco/retorno definitivamente fazendo o dinheiro “trabalhar” para você no longo prazo!
– Manual do pequeno investidor – Fabio Portela (Leia a exclusiva resenha do blog aqui!) O melhor livro para quem deseja começar a investir em ações para o longo prazo. O livro está com um preço imperdível!
– Livro Como Investir em Imóveis – Leandro Ávila (Leia a exclusiva resenha do blog aqui!) Por último na lista mas não menos importante, não invista em imóveis sem antes ler este livro!
Bem, esse texto ficou um pouco longo mas finalmente chegamos ao fim…Que fim? É apenas o começo! O que vamos “destrinchar” agora? Ações, Fundos, Tesouro Direto, Fundos Imobiliários? Comente abaixo! Dê sua opinião! Ela é fundamental para a construção de novos textos aqui no blog!
Um Abraço e Bons Negócios!
Christian,
Algumas referências que me ajudaram a escrever os textos:
Ministério da Previdência Social
Alguns textos relevantes:
http://blog.previdencia.gov.br/wp-content/uploads/2013/06/Informe-maio-2013.pdf
http://www.previdencia.gov.br/arquivos/flash/3_090416-152304-068.swf
http://www.cnseg.org.br/fenaprevi/estatisticas/estatisticas.html
http://www.susep.gov.br/menu/servicos-ao-cidadao/calculo-pgbl
Imagem de shutterstock.com
Felipe Henrique Lopes Salgado diz
Olá, Christian. Primeiramente obrigado por compartilhar seu conhecimento. Finalizei agora a leitura da série de artigos sobre previdência privada e gostaria da sua opinião a respeito do seguinte: estou passando por uma consultoria financeira e que recomendou a contratação de uma previdência privada VGBL (faço declaração simplificada), mais especificamente esse plano: http://www2.mapfre.com.br/previdencia-nossos-planos-madrid, com esse fundo “MAPFRE Corporate Renda Fixa”. A consultoria conseguiria que eu fechasse um contrato com aportes mensais de R $ 300,00, contra os R $ 500,00 informados no site. Taxa de adm d 1% ao ano e tx d carregamento(somente saída) zerada apos 60 meses. Estou pesquisando há alguns meses sobre previdência privada para decidir se vale ou não à pena contratar o produto. Pois bem, depois de ler os seus artigos e muitos outros, uns defendendo e outros repudiando a contratação de uma previdência privada, ainda estou em dúvida. As condições para contratação da prev da Mapfre acima e o fato de, optando pela tabela regressiva, eu consiga IR de 10%, além de não fazer parte de inventário em caso de morte, não faz a contratação desse plano algo muito vantajoso? Já pensei, em vez de delegar a terceiros, que eu mesmo poderia aplicar em renda fixa (CDB, LCI, Tesouro Direto) para garantir uma complementação de renda para a aposentadoria. Porém, encontro algumas desvantagens. Exceto LCI, o mínimo de imposto que eu conseguiria investindo por conta própria seria de 15%. Para investir no Tesouro Direto, por exemplo, teria de abrir conta em alguma corretora. A maior parte das corretoras cobram taxas de manutenção, algumas não cobram, mas não parecem confiáveis. Tenho muito receio, pricinpalmente, quando lembro do caso da corretora Corval, de MG. Outro ponto negativo que vejo ao investir por conta própria pensando na aposentadoria, é o “come-cotas”. Enquanto que na previdência o imposto incide somente no resgate (que teoricamente será somente daqui 30 anos), no caso de investimentos próprios, o IR incidirá a cada vencimento de título do tesouro e/ou CDB, minando o poder de investimento. Poderia apresentar sua opinião a respeito do que escrevi? Sendo necessário, fique à vontade para me corrigir. Para verificar rentabilidade de fundos e fazer comparações, uso esse site: http://www.verios.com.br. Obrigado!
Christian Fernandes diz
Olá Felipe,
Realmente o plano que lhe indicaram não está mal para um plano de Previdência Privada. No entanto, deve-se observar a rentabilidade anual do plano e compará-la com o CDI para ter um indicativo melhor. Por incrível que pareça, as vezes, um plano de previdência tem uma taxa menor mas sua rentabilidade é ruim, isso significa que o gestor do seu plano não está fazendo um bom trabalho.
A questão da transferência de patrimônio é realmente uma vantagem dos planos de previdência. De qualquer forma não é aconselhável colocar todo o dinheiro pois a previdência privada tem seus riscos também.
Olhar para o imposto é importante, mas não é determinante, veja, num investimento de longo prazo (30 anos), se o investimento no tesouro ou CDBs conseguir ser 0,5% melhor que a previdência , em 30 anos isso representa um patrimônio 16% maior, ou seja, neste para cada 100 reais de patrimônio em previdência você teria 90 reais líquido (10% de imposto) e no outro investimento você teria 116 reais e 98 reais líquido. Resumindo, no longo prazo, rentabilidades maiores atenuam vantagens fiscais.
Quando a questão das corretoras vale ressaltar que os títulos públicos e privados não ficam na corretora, eles ficam custodiados no BMF Bovespa ou CETIP. Se a corretor quebrar você não terá prejuízo, só tem que pedir a transferência de custódia. Sim, você poderá ficar sem acesso ao recurso, mas isso não chega ser um agravante em investimentos de longo prazo. De qualquer forma é importante sempre verificar a saúde financeira da corretora.
Com relação ao come cotas, ele existe em fundos de investimento, mas não em CDBs e tesouro direto. Com relação ao IR no vencimento dos títulos e CDB, você tem razão em relação ao CDB, mas foi o que eu disse, as vezes, o rendimento do CDB é alto o suficiente (tem CDB que paga 115% do CDI) para atenuar a perda fiscal, além disso os CDBs tem a garantia do fundo garantidor de crédito até 250mil por banco/cpf, coisa que a previdência privada não tem.
Veja mais detalhes sobre investimentos em renda fixa e sua tributação neste artigo: http://pouparinvestirganhar.com.br/rentabilidade-da-renda-fixa-o-guia-absolutamente-completo/
Já os títulos públicos tem vencimentos mais alongados (atualmente temos vencimentos para 2025, 2035, e até 2050), compatíveis com a aposentadoria, assim sendo você não teria essa preocupação de ter que ficar “pagando imposto e reinvestir).
Além disso os títulos públicos tem a opção de reinvestimento automático dos juros que não resolvem o problema do imposto mas evitam que você fique reinvestido.
No programa de treinamento Tesouro Direto Descomplicado do Rafael Seabra tem um capítulo específico (Capt 9) que ensina exatamente como você deve comprar os títulos visando a aposentadoria. Veja detalhes do treinamento neste artigo.
Veja mais detalhes sobre o treinamento neste artigo: http://pouparinvestirganhar.com.br/video-resenha-tesouro-direto-descomplicado/
Um Abraço!
Christian
Felipe Henrique Lopes Salgado diz
Primeiro, muito obrigado pelo retorno. Decidi incorporar a previdência a minha carteira. Os 300 da previdência ficarão em débito automático e todo o restante, que é mais que o dobro desse valor, vou investir em Tesouro Direto(mensalmente, sempre que possível). De acordo com o montante que eu for acumulando, vou verificando a possibilidade de aplicar em CDB também. No final das contas, o que fez eu decidir foi a diversificação.
Um abraço!
Felipe Salgado
Ranieri diz
Boa noite Christian! Achei muito interessante a sua publicação. Realmente enriquecedora. Parabéns!
Em outubro de 2013, fiz um plano de previdência privada pela SulAmérica. E desde então, venho investindo mensalmente nele. O plano é o VGBL PRESTIGE (SulAmérica FIX 100 V FI RF), onde pago 1% de Taxa de ADM. Pretendo usar este investimento somente na minha aposentadoria (daqui a uns 25 anos). Infelizmente, até o momento, não sei identificar a rentabilidade do meu plano. Será que eu devo deixar de investir neste plano?
Christian Fernandes diz
Olá Ranieri!
Obrigado pelo elogio 🙂 .
Esse fundo que você investiu tem uma taxa de administração muito boa para um plano de previdência. Consultei o seu fundo na ferramenta da XP e , desde outubro de 2013, ele rendeu 35,45% o que equivale a 92,2% do CDI. É um resultado muito bom para um fundo de previdência privada o que mostra que uma taxa de ADM baixa tem sim seus efeitos no resultado final do fundo.
Se vc quiser ver a performance do seu fundo pode consultá-lo neste link:
http://www.xpi.com.br/investimentos/fundos-de-investimento/compare-os-fundos.aspx
Preencha “SulAmérica FIX 100 V FI RF” na coluna “todos os fundos do mercado”
Um Abraço!
Christian
Renan Rodrigues diz
Boa tarde, gostaria de tirar uma dúvida … em que casos o cliente deve pagar o reajuste de 12,5% no próximo ano , no resgate de previdência privada ? e em que casos ele nao precisa ?
Christian Fernandes diz
Olá Renan!
Se está previsto no contrato do plano de previdência privada o reajuste o cliente deverá pagá-lo em suas mensalidades. Isso ocorre especialmente em planos fechados de benefício definido. Em planos de previdência fechados de “contribuição definida” ou “abertos” de instituições privadas o cliente também tem reajustes na mensalidade mas ele tem a opção de reduzir o aporte mensal (desde que fique dentro do mínimo do plano).
Um Abraço!
Christian