Com o crescimento da importância de temas como a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente, ganha relevância a questão do consumo consciente. Neste artigo vamos ver.
- O que é consumo consciente e como fazê-lo;
- As armadilhas que os vendedores utilizam para você comprar mais e como se defender delas;
- Uma entrevista com dois especialistas em programação neurolinguística com mais dicas de como obter descontos em compras.
O que é o consumo consciente
Esse conceito se refere ao fato de consumir de maneira responsável, sempre dando destaque às consequências do que se compra, em relação à qualidade de vida de todo o planeta e, consequentemente, das gerações vindouras. São levados em consideração os seguintes aspectos, no momento do consumo:
Durabilidade
Em suma: trata-se de perceber com maior clareza se o que será adquirido é, de fato, útil e necessário. Além disso, se não haveria outro produto a substituí-lo, mas de forma mais durável, para que seja substituto dos descartáveis.
Perfil da marca no mercado
Em último nível, avaliar até mesmo as empresas das quais compramos, se são ecologicamente corretas, ou não.
Resultados práticos
Toda essa preocupação não tem outro objetivo, se não transformar a realidade do consumo de forma desenfreada, o qual presenciamos diariamente em todas as partes – a grande questão não é o “como produzir”, mas “o que” e “quanto” se vende e compra; ou seja, aspectos meramente mercadológicos.
Toda a concepção do consumo consciente implica em mudar hábitos em vários contextos, como por exemplo:
- Quando vamos ao supermercado e mesmo fazendo uma compra grande, uma vez por mês, acabamos desperdiçando algo, tendo que jogar fora;
- Quando deixamos de reaproveitar itens mais antigos em nosso guarda-roupa;
- Quando compramos um novo aparelho eletrônico apenas no momento em que sai o novo modelo de uma linha conhecida e não quando o nosso já está desgastado e assim por diante.
Você sabia que a humanidade já consome cerca de ¼ a mais do que a Terra é capaz de repor, por meio de recursos naturais? Portanto, todas essas situações acima relacionadas são apenas uma pequena parcela de como o consumo consciente precisa virar parte do seu dia a dia. Caso contrário, questões como falta de água potável, poluição e desigualdade social, entre outros, irão ameaçar a vida no planeta.
Apenas com o poder de escolha, os consumidores têm uma grande arma para alterar a forma pela qual as empresas vêm agindo e transformar seus procedimentos, em alternativas mais sustentáveis. Afinal, sem consumidores, não há possibilidade de qualquer marca continuar existindo.
Combate às armadilhas de venda
Entretanto, o consumo consciente não se refere apenas à sustentabilidade, mas também a ter condições de escapar das armadilhas construídas por vendedores, a fim de levar você a comprar itens supérfluos.
Para ajudar você a mudar essa realidade e esvaziar o poder de vendedores e de marcas, vamos apontar algumas das principais técnicas de venda aplicadas no mercado.
Escassez
“Últimas unidades do estoque”; “Depois dessa, só ano que vem” etc. Quem já não escutou esses tipos de frases de efeito? Elas têm como estratagema fazer com que o consumidor creia que aquela é uma oportunidade única de compra e que se não for aproveitada, representará uma perda real, uma situação que não irá se repetir.
Mas será que é assim mesmo? Se fosse, por que então é um recurso utilizado de forma tão recorrente? Nossa experiência nos aponta que se trata de um clichê para ativar determinados gatilhos de necessidades no público, de modo a fazê-lo comprar de maneira imediata, por sentir que está realmente perdendo algo único;
Elevação de preço
Essa é uma tática, por assim dizer, “ousada”, que é realizada pelos vendedores com alguma frequência. Em um movimento oposto ao clássico quadro de “oferta e demanda” – quanto maior a demanda e menor a oferta, maior o preço – a precificação é elevada artificialmente, para simular uma dificuldade na obtenção de determinado produto ou serviço. Com isso, o cliente acaba pagando mais do que deveria, para obter o item, pois foi inflacionado de forma irreal;
Urgência
“Só mais 48h”, “Duas horas de loucura”, entre muitas outras, são as formas por meio das quais são divulgadas algumas promoções, por parte de vendedores. Isso ocorre para que o consumidor seja aprisionado na armadilha do ímpeto, e acabe comprando algo de que nem precisa, sem questionamentos, mas sim, porque está quase no final do período e precisa ser agora. Manipular o impulso humano de consumo, desse modo, é uma grande arma de quem deseja vender algo;
Particularidade
Essa é a palavra-chave para o seguinte contexto: você está quase comprando algo, mas ainda não se decidiu; é então que o vendedor pergunta algo muito particular – o que falta para você levar para casa? – e aí você pontua, e o vendedor consegue fazer com que você compre o produto / ou pague pelo serviço. Esse tipo de estratégia de vendas dependerá muito do jogo de cintura e perspicácia na busca pela satisfação do cliente.
Como o consumidor pode virar o jogo para seu lado?
Agora que elencamos as principais estratégias de vendas das marcas que estão no mercado, vamos pensar em formas de reação por parte do consumidor.
Primeiramente, cada uma das 5 táticas apresentadas acima tem um “antídoto”, que podem levar o cliente a obter vantagens, a saber: O cliente pode, tranquilamente, esperar o estoque acabar e começar a pressionar a marca, quando isso acontecer, para pedir mais itens.
Guarde comprovantes de todas as promoções referentes ao produto, que já tiverem se esgotado, porque, caso o item volte a ser comercializado por um preço superior, você terá como enquadrar a loja – até mesmo em sanções legais, se for o caso. Lembre-se o seu poder de decisão é uma verdadeira arma, e você poderá conseguir descontos e vantagens na hora de negociar.
Outras dicas para obter vantagens nas compras
Não se esqueça de sempre pesquisar por preços, para que quando você for negociar com um vendedor, saber jogar a concorrência em seu favor, pressionando-o a reduzir o preço.
Desse modo, você sempre irá ganhar no processo de negociação para uma compra, porque estará com muito mais tranquilidade, para ouvir propostas e fazê-las.
Além disso, retomando o começo do texto, sempre refletir sobre a relevância de seus hábitos de consumo, esforçando-se por torná-los cada vez mais conscientes.
Usando a PNL (Programação neurolinguística) a seu favor
A programação neurolinguística é uma importante aliada dos vendedores, há décadas eles desenvolvem essas habilidades para conseguirem melhorar seus resultados, isso pode ser visto em todos os lugares desde uma concessionária de veículos até lojas de roupa.
Recentemente estive em uma evento onde conversei com dois consultores de técnicas de vendas que são especialistas em PNL e hipnose. Eles estão com um projeto muito bacana chamado Instituto Comprar com Desconto . Simplificando eles “mudaram de lado” e estão agora ajudando os consumidores a conseguirem vantagens competitivas em suas negociações com vendedores e atendentes diversos. Confira as dicas que eles passaram na entrevista abaixo:
Conclusão
Neste artigo vimos que:
- O consumo responsável auxilia na nossa economia pessoal e até na economia de recursos do planeta
- Que escassez e urgência são armas poderosas utilizadas pelos vendedores numa negociação
- Que paciência e boa uma pesquisa de preços é fundamental para lhe proteger das armadilhas de venda
- Que você pode usar técnicas de programação neurolinguística para obter ótimos descontos.
Para concluir, fica a dica de, na próxima vez que você for comprar algo relevante, prestar atenção nas técnicas que o vendedor está utilizando e fazer o seu “dever de casa” pesquisando preços.
Um forte abraço!
Christian
Raimundo Filho diz
Acho muito interessante você postar um artigo falando ”como se DEFENDER dos VENDEDORES”. Como se você NÃO vendesse nada pra ninguém, seja e-book, webinário ou videos-aulas. O artigo poderia ter sido melhor aproveitado se você NÃO tivesse tentado demonizar o vendedor achando que esta profissão é de pessoas que ”QUEREM LEVAR VANTAGEM”. Nós vendedores, somos profissionais que prestamos serviços a população oferecendo produtos que possam beneficiar a necessidade que o cliente está passando. Concordo com você na questão de pedir desconto, em muitos casos temos como pleitear junto ao nosso gerente por tal solicitação; contudo, existem situações impossíveis de dar desconto, pois, o valor do bem já está estabelecido e NÃO existe margem de desconto, exemplo: consórcio de veículos ou outro bem.
Bizz Invest diz
Olá Raimundo!
Obrigado pelo comentário! A intenção do artigo não é demonizar nenhum vendendor e sim fazer o comprador tomar as decisões de forma racional, seguindo o ciclo completo.
Eu mesmo já deixei de ir na loja do lado pesquisar o preço porque o vendedor me disse que o produto dele era mais barato e que esse era o último dia do preço “promocional”.
Gostei muito de uma passagem do seu comentário quando se refere a “oferecer produtos que possam beneficiar a necessidade que o cliente está passando”. É isso mesmo! O objetivo final do processo de venda é resolver um problema ou necessidade do cliente. Infelizmente nem todos compartilham desse ideal.
Há tempos atrás uma vendedora de telemarketing me ligou tentando vender um jornal de grande circulação de um estado que não o meu. Eu argumentei que só lia jornal para acompanhar o meu time e ela me falou que, mesmo sendo de outro estado a cobertura que o memso fazia do meu time era muito boa, etc…Era nítido que eu não precisava daquele jornal mas o vendedor insistia em “empurrar” ele para mim.
Quanto a obter desconto, as vezes não se consegue, o importante é pesquisar e tentar sempre.
Um Abraço!
Christian